Doenças Pragas
Oídio

O oídio é provocado pelo fungo Uncinula necator e os seus efeitos são visíveis nas folhas, nos pâmpanos novos e sobretudo nos cachos. O tempo nublado e o ar com elevada humidade relativa são as condições favoráveis para o desenvolvimento do oídio. No Inverno o oídio refugia-se no interior dos gomos sob a forma de micélio ou sob a forma de cleistotecas nas folhas e varas que se encontram no solo. Na Primavera o micélio nos gomos germina e liberta conídios. As cleistotecas rebentam libertando os ascos com os ascósporos. Os conídios e os ascósporos chegam aos órgãos receptivos da videira através da acção do vento e germinam. O micélio desenvolve-se sobre a planta formando conidióforos que libertam conidios. Estes conídios ao cairem sobre a planta germinam formando filamento miceliano e novos conidióforos que libertam conídios que vão produzir novas infecções. Estes ciclos sucedem-se durante todo o período vegetativo. Todos os órgãos verdes da videira podem ser infectados.

Folhas:

- Ligeiro frisado nos bordos
- Pequenas manchas amarelas na página superior e na zona correspondente da página inferior, pequenos riscos que correspondem a células mortas
- Formação de frutificações cinzentas.

Rebentos logo após o abrolhamento:

- Extremidades do ramo e folhas tornam-se acinzentadas e de aspecto rígido idêntico a uma bandeira hasteada.

Inflorescências:

- Botões florais cobertos de poeira branca que podem desencadear o abortamento e a queda da flor.


Cacho:

- Os bagos pequenos encarquilham e secam
- A película endurece
- As células dos bagos maiores atingidas morrem. A epiderme não pode crescer e a película rebenta
- O conteúdo do bago fica exposto

Pâmpanos:

- Manchas difusas verdes escuras que mais tarde se tornam acastanhadas

Luta cultural:

Deverá ser realizada uma selecção cuidada das castas (se possível escolher aquelas que são mais resistentes ao oídio), porta-enxertos e do sistema de condução a implementar. Além disso, a poda deve permitir o arejamento e exposição à luz e se for necessário deverão ser realizadas intervenções como a desfolha ou a despampa. Na poda de Inverno as varas com cleistotecas visíveis devem ser eliminadas.

Luta química:

- Fungicidas de contacto: inibem a formação de conídios e a formação dos haustórios antes da contaminação.

- Enxofre (na variante molhável ou em pó) e dinocape

- Sistémicos do tipo IBE (inibidor da biossintese do ergoesterol) (espiroxamida, fenarimol, fenebuconazol, flusilazol, hexaconazol, miclobutanil, penconazol, propiconazol, tebuconazol e tetraconazol)

- Sistémicos estrobilurinas: azoxistrobina, cresoxime-metilo e trifloxistrubina

- Outros: quinoxifena

- Para consultar outros produtos fitofarmacêuticos homologados para o oídio, visite www.dgadr.min-agricultura.pt

A animação “Comportamentos de acasalamento e postura da traça da uva, Lobesia botrana, faz parte de uma colecção intitulada “Ciclo de Vida da Traça da Uva Lobesia botrana e modo de acção de auxiliares”.

Estes materiais multimédia foram desenvolvidos sob a coordenação científica da Professora Ana Aguiar, e produzidos pela Universidade do Porto para integrarem os materiais de apoio ao processo pedagógico de disciplinas de Protecção de Culturas.

Neste momento, esta e outras animações, integram um curso on-line de formação contínua da U.Porto intitulado “Protecção Integrada da Vinha U.Porto – curso on-line”.


 
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